Você já ouviu falar em topo, meio e fundo do funil? Se trabalha com marketing digital, provavelmente sim. Mas se ainda torce o nariz toda vez que ouve essa expressão ou acha tudo muito teórico, fica tranquilo — você não está sozinho.
Neste artigo, vamos descomplicar o conceito de funil de conteúdo e mostrar como usar essa ferramenta para criar conteúdos mais eficientes, que realmente conversam com o momento do público.
Antes de tudo: o que é esse tal de funil?
O funil de conteúdo é uma representação da jornada do cliente — desde o primeiro contato com sua marca até o momento da compra (e, idealmente, depois dela também). A metáfora do funil serve para mostrar como o público vai afunilando: muita gente chega no topo, poucos chegam até o fundo.
Mas a boa notícia é que, com uma estratégia bem feita, dá para conduzir essa jornada de forma fluida, criando conteúdo certo na hora certa.
Como o funil se divide?
Para criar conteúdos realmente eficazes, não basta saber o que dizer — é preciso entender quando dizer. Cada etapa da jornada do cliente pede um tipo de abordagem, de tom, de profundidade. É aí que entra o funil: uma forma prática de guiar a produção de conteúdo conforme o momento do público, ajudando você a criar conexões mais relevantes e estratégicas.
1 – Topo do Funil – Atração
É o momento de chamar atenção, despertar interesse e fazer com que a pessoa descubra que você existe.
Aqui, o conteúdo deve ser amplo, leve, útil e acessível. A ideia é informar, entreter ou resolver pequenas dúvidas, sem tentar vender nada de cara.
Exemplos de conteúdo de topo:
- Post no Instagram com uma curiosidade do seu mercado
- Artigo com “5 dicas para começar a investir”
- Vídeo explicando uma tendência do setor
O objetivo: gerar visibilidade e atrair gente nova.
2 – Meio do Funil – Consideração
Agora o público já sabe que você existe — e começa a te levar mais a sério. Ele quer entender melhor o que você faz, se pode confiar e se vale a pena continuar prestando atenção.
Aqui entram conteúdos mais educativos, aprofundados e posicionados, mostrando a autoridade da marca.
Exemplos de conteúdo de meio:
- Newsletter com uma análise de um tema do setor
- Artigo do blog explicando um conceito importante
- Cases de clientes, depoimentos, comparativos
O objetivo: gerar confiança e manter o interesse.
3 – Fundo do Funil – Decisão
Hora da verdade. O público já pesquisou, comparou e está quase lá. Seu papel agora é ajudar na tomada de decisão — com clareza e objetividade.
Exemplos de conteúdo de fundo:
- Página de produto/serviço com prova social
- FAQ com dúvidas frequentes de quem quer contratar
- Oferta com tempo limitado ou demonstração gratuita
O objetivo: converter. E de preferência, com uma boa experiência.
Tá, mas na prática: como usar o funil de conteúdo?
Você não precisa criar um conteúdo para cada estágio de forma engessada. Assim, o mais importante é entender o momento da sua audiência e diversificar os formatos com equilíbrio. Em outras palavras: nem tudo precisa vender, mas tudo precisa ter um propósito.
Alguns caminhos possíveis:
- Vai montar um calendário editorial? Então pense: esse conteúdo está falando com quem está chegando agora, com quem já acompanha, ou com quem está pronto para agir?
- Ao revisar seus textos ou roteiros, avalie: esse conteúdo gera curiosidade, confiança ou conversão?
- Observando seus resultados, reflita: tem conteúdo demais no topo e pouco no fundo? Ou estou tentando vender demais para quem ainda nem sabe quem eu sou?
Resumo do jogo
Topo: atração (educa, entretém, desperta)
Meio: consideração (aprofunda, posiciona, engaja)
Fundo: decisão (direciona, prova, converte)
Usar o funil de conteúdo não é seguir uma fórmula rígida — é pensar com intenção. É criar para pessoas, não só para algoritmos.
E cá entre nós: conteúdo bom é aquele que respeita o tempo do público.